Expurgo
O que não me cabe mais
Pelos poros
Pelos olhos
Pela boca
Como quem queima roupas
Que já não lhe servem
Expurgo
O que não me pertence mais
Pelos punhos
Pela voz
Pelo nariz
Como quem queima cartas
Que já não lhe falam
Expurgo
O que ainda me dói
Pelos olhos
Pelos poros
Pelos punhos
Como quem busca
Amadurecer
Vejo a noite cair,
Vejo o dia amanhecer.
Olho pra dentro e olho o mar.
E nada é maior
Do que o meu olhar.
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