Posso me achar um nada;
Posso nem me achar.
Posso me achar doida desvairada.
Posso só achar.
Posso crer que aqui não há talento,
Tampouco brilho no olhar,
Tampouco elevação do pensar,
Tampouco beleza de arrasar.
Posso digerir as mentiras que me falam
E cagar a verdade que me guia:
Nunca, jamais, - ninguém me cala!
Vou abandonar a poesia.
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