E no momento em que eu olho a vida pela janela,
esse exato momento
é a minha terapia diária.
Eu olho sob um estado de contemplação.
Eu olho como se fosse ficção.
E sempre tem uma música
que eu considero a trilha sonora.
É mesmo real o que se passa lá fora?
Por dentro eu rio,
eu choro,
eu grito,
eu lembro,
eu acho graça.
Mas minha imagem é a mesma
da que lá fora passa:
paisagem.
E no momento em que o filme lá fora
fica real aqui dentro,
esse exato momento
é a minha extrema felicidade.
É como se eu vivesse o agora
já sentindo saudade.
Sopa de letrinhas
quarta-feira, 2 de junho de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Cidade grande
Era tudo novo, era um terreno fértil
Não conseguia parar de prestar atenção
Naquelas cores novas,
Naquelas luzes novas,
Naquele oxigênio novo.
Tudo era muito, farto, saturado
Como se lhe fosse transbordar aos olhos
Ou deixar seu coração inchado.
Era tanta coisa no meio
Que em meio a tanta coisa
Pela primeira vez, se sentiu um nada.
Uma bosta.
Um mínimo.
Mas aquilo tudo...
Ah...aquilo tudo era o máximo!
Não conseguia parar de prestar atenção
Naquelas cores novas,
Naquelas luzes novas,
Naquele oxigênio novo.
Tudo era muito, farto, saturado
Como se lhe fosse transbordar aos olhos
Ou deixar seu coração inchado.
Era tanta coisa no meio
Que em meio a tanta coisa
Pela primeira vez, se sentiu um nada.
Uma bosta.
Um mínimo.
Mas aquilo tudo...
Ah...aquilo tudo era o máximo!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Catarse
Há muito tempo que eu sentia uma vontade enorme de criar um blog. Nunca tive coragem. Na minha cabeça, blog era coisa de gente muuuuuito cabeça. Eu é que não ousaria me enquadrar nesse perfil intelectual de altíssimo nível. Não me sentia preparada pra ser uma bloggeira; sempre achei que aquilo que a gente escreve e resolve publicar é porque necessariamente tem muito valor, ou é realmente muito genial. Além do medo de não postar textos genais o suficiente, sempre tive vergonha de expor o que eu escrevia.
Grande bobagem minha. Afinal, todo mundo sabe que qualquer um pode ser um bloggeiro, independente da qualidade dos textos publicados. E quem é que vai discutir o nível do que se publica? Hoje entendo que o mais importante não é o conteúdo do que está sendo escrito, muito menos a forma do que está sendo escrito, muito menos a gramática do que está sendo escrito. E também não acho que seja importante a quantidade de criatividade/piração empregada naquilo que está sendo escrito. O que importa mesmo é justamente aquilo que ninguém vê: a sinceridade do que está sendo escrito. O casamento do sentimento com a palavra é o que realmente importa.
E quem é que vai poder questionar o seu sentimento? Quem é que vai duvidar da sua sinceridade?
Eu, no meu medo de ser julgada ou incompreendida, demorei pra entender que blog é coisa de você com você mesmo. Por mais que sejam textos totalmente expostos, é você o tempo inteiro testando a sua capacidade de ser completamente fiel as suas emoções. E isso não é fácil não; talvez eu estivesse certa quando pensei que blog era coisa de gente “cabeça”, mas é algo que vai além do racional. E as pessoas de fora (no caso, os leitores) acham belo, não bonito; acham belo quando percebem que aquilo veio do coração. É uma catarse sua: não tem a necessidade de ser aceita por ninguém. É que nem obra de arte. Opa! Acho que era aí que eu queria chegar...
Escrever é uma arte, minha gente, e (regra número um) FODA-SE se eu sou incompreendida!
sábado, 8 de maio de 2010
Potlatch
Eu quero o pouco, o Nada
Não quero refinamento
Nem palavra enfeitada.
Quero o simples pelo simples,
O belo por sua pureza.
Quero a essência da essência das coisas
A infância das coisas.
Quero, sim, tudo: o Nada.
Meu glamour é só fachada.
Meu “Potlatch” é meu poder.
Quero o simples não querer...
Não quero refinamento
Nem palavra enfeitada.
Quero o simples pelo simples,
O belo por sua pureza.
Quero a essência da essência das coisas
A infância das coisas.
Quero, sim, tudo: o Nada.
Meu glamour é só fachada.
Meu “Potlatch” é meu poder.
Quero o simples não querer...
Assinar:
Postagens (Atom)