No decolar de duas saudades - uma que fica e outra que vai,
o ponto máximo de um vazio: o avião.
Sobre as nuvens,
viajo em palavras com a mão.
O bloco de papel
e a verdade do céu
amenizam a solidão.
Sinto falta mas falta pouco.
Sentindo alta nesse mundo oco,
Me desmancho em letras e lancho versos que deslancham:
Eis a poesia.
Se ela continua?
Somente se a mente esvazia.