Me fechei num feixe
- sem luz.
E pintei um olho de peixe
Como sobra de poesia.
Nada me fazia
Querer borboletas,
Nem rosas, nem violetas.
Escolhi um olho de peixe
- um infinito aberto -
Assim, feio e frio,
Que pra mim era o certo.
O problema é que o peixe
Chamou o mar inteiro
Incluindo um barco e um marinheiro
Que me levou prum vortex.
Deixei minha concha na areia
E lá fui eu de novo...imbuída de encanto!
Boba e careta...
Comigo, a falta de borboleta
É apenas um “por enquanto”.