E no momento em que eu olho a vida pela janela,
esse exato momento
é a minha terapia diária.
Eu olho sob um estado de contemplação.
Eu olho como se fosse ficção.
E sempre tem uma música
que eu considero a trilha sonora.
É mesmo real o que se passa lá fora?
Por dentro eu rio,
eu choro,
eu grito,
eu lembro,
eu acho graça.
Mas minha imagem é a mesma
da que lá fora passa:
paisagem.
E no momento em que o filme lá fora
fica real aqui dentro,
esse exato momento
é a minha extrema felicidade.
É como se eu vivesse o agora
já sentindo saudade.